24 de jun. de 2010
As variações musicais
Desde que o Rock é Rock, com Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Bill Haley e Elvis Presley, ele sempre se destacou pela sua forma de manifesto. Sim, as letras de amor sempre existiram, e não deixariam de existir quando o trovadorismo ganhou guitarras e uma batida 4x4, mas a real beleza do rock, foi se manifestar contra algo. Tentar derrubar alicerces da sociedade de sua época. Foi assim com o Punk, por exemplo.
A palavra punk, fora já utilizada por William Shakespeare, para representar os marginalizados pela sociedade. E não foi diferente disso que Sex Pistols ou Clash representaram a uma geração.
Claro que a música tomou vários outros rumos. Beatles e Queen, duas das maiores bandas da história popularizaram o Rock, ou levando esse tipo de música a outros gêneros musicais ou trazendo outros gêneros musicais ao rock. E The Cure, que trouxe o espírito byronista, da segunda geração do romantismo a música.
Bom, esse legado que vem desde a década de 50 pode estar no fim.
Os grandes músicos dos tempos atuais, são de outras épocas. Não vemos mais grandes solos (os ultimos foram do Slash), nem grandes composições.
É impossível comparar uma geração de Miley Cyrus, Cine e Simple Plan, com a década de 70, por exemplo, com seus Aerosmith e Led Zeppelin.
Mas o que falta a esse mundo atual? Bom, as pessoas ainda sabem tocar guitarra. Cantar é o problema, já que a maioria das bandas ultimamente tem um vocalista igual e com a voz igual (diga-se de passagem: parecem que estão com o saco esmagado). Mas falta uma mensagem, falta um sentido que não seja um namorico pré adolescente que não deu certo. Falta uma visão estranha do mundo, obscura, talvez.
Falta um mundinho "Capricho" aonde basta vc estár na moda, pra ser legal!
Janis Joplin era feia! Horrorosa! Mas quando se dava valor a suas virtudes reais, e que não fossem apenas de aparência, ela era a maior, a melhor. No mundo atual, nos valores atuais, talvez ela não fosse nada.
Se antes derrubávamos um regime militar, hoje, a maior revolta por aqui, foi um monte de criança querendo pulseirinha VIP pra um show do Restart.
Isso é só uma prova: A música é só um reflexo da sociedade, se a sociedade é futil no momento, a musica que vai marcar a sua época, também será.
E antes que venham com revoltinhas
compare Dream on ou Starway to Heaven com "Baby, baby, baby... oooooooooooh".
Ausentar-me-ei
Roberto @rto21
Criador do Blog As 4 Paredes
Parceria oficial do blog ''Música A Cultura dos Nossos Ouvidos''
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